RESUMO DO TEXTO “Leer en línea en el aula” (CASSANY; CALVO, 2014)
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Tóp. em Linguagem, Tecnologia e Ensino :: LA 106 - Letramentos Acadêmicos, Internet e Mundialização :: Discussão sobre os textos da Aula 4 (23/03/17)
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RESUMO DO TEXTO “Leer en línea en el aula” (CASSANY; CALVO, 2014)
Inicialmente, Cassany e Calvo (2014) trazem o seguinte questionamento “Como se lê quando todos os estudantes e o professor têm um computador e um material digital?”. A referida pergunta deu base a uma pesquisa qualitativa, etnográfica e ecológica que abrangeu 41 docentes, 42 alunos de cinco centros de Ensino Secundário Obrigatório na Espanha. Os pesquisadores adotaram entrevistas semiestruturadas com gravação e posterior transcrição de parte das falas coletadas nos anos de 2012 e 2013.
A pesquisa teve como pontapé inicial o Programa 1x1, implementado originalmente por Nicholas Negroponte, em 2005, por meio do Projeto One Laptop Per Child (OLPC). O referido projeto foi posto em prática em vários países, dentre eles, a Espanha, em 2009, com o Programa Escuela 2.0, no entanto, em decorrência da crise financeira e do conservadorismo governamental, o projeto não alavancou vôos maiores. Vale salientar que a proposta preconizava uma clara luta contra a chamada “brecha digital” e priorizava a ênfase do ensino por meio das affordances (potencialidades) da cultura digital, o que possui um viés democratizador à educação de crianças e jovens.
Cassany e Calvo (2014) afirmam que na Espanha há uma luta pedagógica entre o que é tecnológico e o que é didático, pois, para a maioria dos professores pesquisados, a grande preocupação é se a rede e os computadores estarão funcionando, se a conexão não irá falhar, se a plataforma do livro digital não “cairá”, dentre outras. Ou seja, a preocupação com a didática, com o melhor aproveitamentos dos recursos e ferramentas digitais ficam em segundo plano no processo de ensino e de aprendizagem.
Por outro lado, Domingo e Marqués (2013) apud Cassany e Calvo (2014) enfatizam que a introdução de computadores e lousas digitais avançam como práticas inovadoras, ainda que os professores prefiram o formato “em papel”. Por isso, um grupo de pesquisadores sobre os novos estudos de letramento defendem a perspectiva sociocultural de que cada tecnologia provoca mudanças nas práticas linguísticas e na aprendizagem. Dessa forma, para Cassany e Calvo (2014), a leitura com “lápis e papel” é diferente da leitura com tela e teclado conectado à rede de Internet, uma vez que há mudanças no gênero textual, no interlocutor, no propósito, na finalidade da comunicação, nos papéis do autor, do leitor, do tipo de conhecimentos e do poder que se põe em jogo. Assim, a escola, na concepção dos pesquisadores Cassany e Calvo (2014), deve ensinar a usar os artefatos correntes que manejamos no dia a dia, pois as TICs modificam as práticas de recepção, produção e distribuição do conhecimento. Os autores frisam que a escola deve lutar contra as diferenças sociais entre os ricos que têm acesso à internet e os pobres que não têm acesso às mídias digitais. Cassany e Calvo (2014) reforçam ainda que, na Espanha, as escolas, em sua maioria apresentam moldes pedagógicos do século XIX, enquanto os docentes possuem posturas didático-profissionais do século XX, no entanto os estudantes estão envolvidos em práticas sociais do século XXI.
Os resultados da pesquisa revelaram que a presença do “papel” ainda é dominante em muitas práticas de leitura nas aulas “digitalizadas”, apesar de alguns relatos de professores de literatura que propõem a leitura de obras completas, em que orientam a busca de palavras desconhecidas pela internet e pela lousa digital. Dessa forma, com poucos “clics”, os docentes pedem que os alunos procurem, encontrem, valorizem e comentem de forma pessoal o conteúdo estudado e pesquisado. Entretanto, a forma de avaliação ainda é individual e “em papel”.
Quanto aos livros didáticos impressos, os professores, na Espanha, têm liberdade de decidir trabalhar “en línea” (com a Internet) ou em papel. Entretanto, segundo a referida pesquisa, os professores de língua estrangeira têm preferido trabalhar com materiais digitais, visto que podem usufruir de materiais autênticos e mais interessantes em virtude dos vários recursos multimodais complementares e motivadores para o currículo. O mesmo tem acontecido com professores de Ciências e Tecnologia. Dessa maneira, Cassany e Calvo (2014) apontam que a introdução do livro digital não elimina os exemplares de papel, oriundos também de hábitos e práticas de professores e alunos. Além disso, os autores reforçam que a aquisição e o emprego do livro digital dependem diretamente da direção da escola e das famílias dos estudantes.
Em relação ao livro digital, Cassany e Calvo (2014) sinalizam que há várias vantagens como: a existência de uma plataforma para cada material; a possibilidade de o aluno poder se conectar por intermédio de um “usuário” e “senha” na escola e em casa; a disponibilidade de um material web com materiais e recursos multimodais internos e externos; acesso a tarefas interativas e a opções de autoavaliação, dentre outras. Em contrapartida, há também desvantagens como a impossibilidade de compartilhar de um mesmo acesso, ou seja, um livro digital usado por uma criança não poderá ser usado com a mesma gama de oportunidades digitais pelo seu irmão mais novo, por exemplo. Os professores pesquisados também apontaram outras duas limitações do livro digital: a resposta “fechada” com uma única possibilidade de resposta, além do “perigo” do ócio e da distração para os alunos.
No que tange às mudanças didáticas, para os professores pesquisados, conforme Cassany e Calvo (2014), são aspectos positivos para a educação: a digitalização oferece menos dependência do livro impresso com a possibilidade de usar materiais alternativos como documentos multimodais (vídeos, áudios, jogos e concursos); os trabalhos por projetos cooperativos; a transformação de uma tarefa convencional em algo inovador e a navegação em rede. Diante do exposto, Cassany e Calvo (2014) repetem que a aula por meio do livro digital se mostra mais dinâmica e interativa, bem como se constrói de forma menos centrada no professor.
A pesquisa teve como pontapé inicial o Programa 1x1, implementado originalmente por Nicholas Negroponte, em 2005, por meio do Projeto One Laptop Per Child (OLPC). O referido projeto foi posto em prática em vários países, dentre eles, a Espanha, em 2009, com o Programa Escuela 2.0, no entanto, em decorrência da crise financeira e do conservadorismo governamental, o projeto não alavancou vôos maiores. Vale salientar que a proposta preconizava uma clara luta contra a chamada “brecha digital” e priorizava a ênfase do ensino por meio das affordances (potencialidades) da cultura digital, o que possui um viés democratizador à educação de crianças e jovens.
Cassany e Calvo (2014) afirmam que na Espanha há uma luta pedagógica entre o que é tecnológico e o que é didático, pois, para a maioria dos professores pesquisados, a grande preocupação é se a rede e os computadores estarão funcionando, se a conexão não irá falhar, se a plataforma do livro digital não “cairá”, dentre outras. Ou seja, a preocupação com a didática, com o melhor aproveitamentos dos recursos e ferramentas digitais ficam em segundo plano no processo de ensino e de aprendizagem.
Por outro lado, Domingo e Marqués (2013) apud Cassany e Calvo (2014) enfatizam que a introdução de computadores e lousas digitais avançam como práticas inovadoras, ainda que os professores prefiram o formato “em papel”. Por isso, um grupo de pesquisadores sobre os novos estudos de letramento defendem a perspectiva sociocultural de que cada tecnologia provoca mudanças nas práticas linguísticas e na aprendizagem. Dessa forma, para Cassany e Calvo (2014), a leitura com “lápis e papel” é diferente da leitura com tela e teclado conectado à rede de Internet, uma vez que há mudanças no gênero textual, no interlocutor, no propósito, na finalidade da comunicação, nos papéis do autor, do leitor, do tipo de conhecimentos e do poder que se põe em jogo. Assim, a escola, na concepção dos pesquisadores Cassany e Calvo (2014), deve ensinar a usar os artefatos correntes que manejamos no dia a dia, pois as TICs modificam as práticas de recepção, produção e distribuição do conhecimento. Os autores frisam que a escola deve lutar contra as diferenças sociais entre os ricos que têm acesso à internet e os pobres que não têm acesso às mídias digitais. Cassany e Calvo (2014) reforçam ainda que, na Espanha, as escolas, em sua maioria apresentam moldes pedagógicos do século XIX, enquanto os docentes possuem posturas didático-profissionais do século XX, no entanto os estudantes estão envolvidos em práticas sociais do século XXI.
Os resultados da pesquisa revelaram que a presença do “papel” ainda é dominante em muitas práticas de leitura nas aulas “digitalizadas”, apesar de alguns relatos de professores de literatura que propõem a leitura de obras completas, em que orientam a busca de palavras desconhecidas pela internet e pela lousa digital. Dessa forma, com poucos “clics”, os docentes pedem que os alunos procurem, encontrem, valorizem e comentem de forma pessoal o conteúdo estudado e pesquisado. Entretanto, a forma de avaliação ainda é individual e “em papel”.
Quanto aos livros didáticos impressos, os professores, na Espanha, têm liberdade de decidir trabalhar “en línea” (com a Internet) ou em papel. Entretanto, segundo a referida pesquisa, os professores de língua estrangeira têm preferido trabalhar com materiais digitais, visto que podem usufruir de materiais autênticos e mais interessantes em virtude dos vários recursos multimodais complementares e motivadores para o currículo. O mesmo tem acontecido com professores de Ciências e Tecnologia. Dessa maneira, Cassany e Calvo (2014) apontam que a introdução do livro digital não elimina os exemplares de papel, oriundos também de hábitos e práticas de professores e alunos. Além disso, os autores reforçam que a aquisição e o emprego do livro digital dependem diretamente da direção da escola e das famílias dos estudantes.
Em relação ao livro digital, Cassany e Calvo (2014) sinalizam que há várias vantagens como: a existência de uma plataforma para cada material; a possibilidade de o aluno poder se conectar por intermédio de um “usuário” e “senha” na escola e em casa; a disponibilidade de um material web com materiais e recursos multimodais internos e externos; acesso a tarefas interativas e a opções de autoavaliação, dentre outras. Em contrapartida, há também desvantagens como a impossibilidade de compartilhar de um mesmo acesso, ou seja, um livro digital usado por uma criança não poderá ser usado com a mesma gama de oportunidades digitais pelo seu irmão mais novo, por exemplo. Os professores pesquisados também apontaram outras duas limitações do livro digital: a resposta “fechada” com uma única possibilidade de resposta, além do “perigo” do ócio e da distração para os alunos.
No que tange às mudanças didáticas, para os professores pesquisados, conforme Cassany e Calvo (2014), são aspectos positivos para a educação: a digitalização oferece menos dependência do livro impresso com a possibilidade de usar materiais alternativos como documentos multimodais (vídeos, áudios, jogos e concursos); os trabalhos por projetos cooperativos; a transformação de uma tarefa convencional em algo inovador e a navegação em rede. Diante do exposto, Cassany e Calvo (2014) repetem que a aula por meio do livro digital se mostra mais dinâmica e interativa, bem como se constrói de forma menos centrada no professor.
michellesoares1- Mensagens : 10
Data de inscrição : 21/03/2017
Re: RESUMO DO TEXTO “Leer en línea en el aula” (CASSANY; CALVO, 2014)
Boa noite, Michele.
Embora a maioria dos estudantes esteja envolta em práticas sociais digitais, a escola apresenta ainda forte tendência a métodos pedagógicos muito tradicionais e ortodoxos, seja pelo despreparo do professor, seja pela falta de aparato tecnológico adequado. Além disso, é pertinente apontar que parte desse problema se deve ao fato de vivermos em uma sociedade grafocêntrica, cuja valorização do texto verbal escrito (livros, documentos, etc) ainda é muito presente, relegando a um papel menor os multiletramentos.
Abraço,
Jorge Tércio
Embora a maioria dos estudantes esteja envolta em práticas sociais digitais, a escola apresenta ainda forte tendência a métodos pedagógicos muito tradicionais e ortodoxos, seja pelo despreparo do professor, seja pela falta de aparato tecnológico adequado. Além disso, é pertinente apontar que parte desse problema se deve ao fato de vivermos em uma sociedade grafocêntrica, cuja valorização do texto verbal escrito (livros, documentos, etc) ainda é muito presente, relegando a um papel menor os multiletramentos.
Abraço,
Jorge Tércio
JTERCIO- Mensagens : 18
Data de inscrição : 21/03/2017
Re: RESUMO DO TEXTO “Leer en línea en el aula” (CASSANY; CALVO, 2014)
JTERCIO escreveu:Boa noite, Michele.
Embora a maioria dos estudantes esteja envolta em práticas sociais digitais, a escola apresenta ainda forte tendência a métodos pedagógicos muito tradicionais e ortodoxos, seja pelo despreparo do professor, seja pela falta de aparato tecnológico adequado. Além disso, é pertinente apontar que parte desse problema se deve ao fato de vivermos em uma sociedade grafocêntrica, cuja valorização do texto verbal escrito (livros, documentos, etc) ainda é muito presente, relegando a um papel menor os multiletramentos.
Abraço,
Jorge Tércio
Oi pessoal.
Sim, eu concordo com o Tércio, ainda existem pessoas que acreditam que as práticas digitais não podem estar ligadas com o ensino e acabam formando a imagem errada do que na verdade pode ser feito com a união das duas práticas, acreditando que é enrolação, que não vai servir e entre outros exemplos. Acredito que quanto mais os professores forem estudando, treinando como realmente casar as duas coisas, esse certo estigma pode mudar. Então poderemos realmente utilizar as práticas digitais da melhor maneira possível.
jaciara.caetano- Mensagens : 9
Data de inscrição : 21/03/2017
Re: RESUMO DO TEXTO “Leer en línea en el aula” (CASSANY; CALVO, 2014)
Oi, pessoal,
Concordo com o Tércio e com a Jaciara. Aparentemente, os recursos digitais são usados muito superficialmente (vídeos, filmes etc.). Será que os professores têm dificuldade de ENCONTRAR os recursos, de SELECIONÁ-LOS/AVALIÁ-LOS ou, mesmo, de usá-los? Claro que a estrutura da escola, muitas vezes, é um obstáculo, mas há muitos investimentos nesse sentido. Acho que o uso de recursos só vai ocorrer, de fato, eficientemente, quando os professores forem capacitados para isso; não só uma capacitação institucional, mas as práticas pedagógicas digitais devem fazer parte da cultura escolar.
Concordo com o Tércio e com a Jaciara. Aparentemente, os recursos digitais são usados muito superficialmente (vídeos, filmes etc.). Será que os professores têm dificuldade de ENCONTRAR os recursos, de SELECIONÁ-LOS/AVALIÁ-LOS ou, mesmo, de usá-los? Claro que a estrutura da escola, muitas vezes, é um obstáculo, mas há muitos investimentos nesse sentido. Acho que o uso de recursos só vai ocorrer, de fato, eficientemente, quando os professores forem capacitados para isso; não só uma capacitação institucional, mas as práticas pedagógicas digitais devem fazer parte da cultura escolar.
eleonoralucas- Mensagens : 13
Data de inscrição : 20/03/2017
Re: RESUMO DO TEXTO “Leer en línea en el aula” (CASSANY; CALVO, 2014)
O texto "Aunque lea poco, yo sé que soy listo" e Internet: Escuela também retratam de forma clara a dificuldade dos alunos com textos escritos em detrimento da habilidade com textos e gêneros que circulam no ambiente virtual. É necessário repensar os modos de ensino, de avaliação e mesmo de participação do aluno. Na minha opinião os textos multimodais ajudam e muito no ensino e aprendizagem desde que sejam trabalhados de forma correta...
Abraços
Abraços
TatianeLimaF- Convidado
Re: RESUMO DO TEXTO “Leer en línea en el aula” (CASSANY; CALVO, 2014)
Oi, pessoal!
A gente fica tão focado nas nossas dificuldades estruturais que esquece um pouco esse lado que a Eleonora citou: será que nós sabemos como fazer uma escolha adequada, com propósitos pedagógicos reais, que tragam algum resultado? Como avaliar isso? Nesse ponto, vejo claramente a importância do que discutimos no nosso encontro presencial sobre a grade curricular na Universidade. Acredito que seria muito importante que, na graduação, houvesse disciplinas que focassem no uso dos recursos digitais em sala de aula, nas quais também fosse abordado o aspecto avaliativo delas, e o como fazer. Multimodalidade é um caminho. Não faz muito tempo que me graduei e, infelizmente, não lembro de ter tido alguma disciplina que trabalhasse a multimodalidade (o que talvez deva-se ao fato de eu ser bacharela, mas que também não o justifica), conceito que vim tomar conhecimento nos estudos individuais para a pós-graduação.
A gente fica tão focado nas nossas dificuldades estruturais que esquece um pouco esse lado que a Eleonora citou: será que nós sabemos como fazer uma escolha adequada, com propósitos pedagógicos reais, que tragam algum resultado? Como avaliar isso? Nesse ponto, vejo claramente a importância do que discutimos no nosso encontro presencial sobre a grade curricular na Universidade. Acredito que seria muito importante que, na graduação, houvesse disciplinas que focassem no uso dos recursos digitais em sala de aula, nas quais também fosse abordado o aspecto avaliativo delas, e o como fazer. Multimodalidade é um caminho. Não faz muito tempo que me graduei e, infelizmente, não lembro de ter tido alguma disciplina que trabalhasse a multimodalidade (o que talvez deva-se ao fato de eu ser bacharela, mas que também não o justifica), conceito que vim tomar conhecimento nos estudos individuais para a pós-graduação.
Susane- Mensagens : 10
Data de inscrição : 21/03/2017
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