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Desenredando la web: la lectura crítica de los aprendices de lenguas extranjeras en entornos digitales

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Mensagem por Ingrid Santos Dom Mar 26, 2017 12:57 am

Prezados colegas ,

Segundo os autores (Valero, Vázquez e Cassany),graças as Tecnologias da Informação e da Comunicação (TIC) , os aprendizes em língua estrangeira (LE) têm acesso a uma variedade de textos ,contudo esses textos ao terem sua natureza modificada  geram alterações nas práticas de alfabetização e na compreensão leitora . Nestes casos,tratando-se de alfabetização em LE ,é preciso adotar-se uma postura mais crítica e ativa para identificar os possíveis problemas que possam existir nesses textos digitais .
Este artigo está inserido nos estudos dos Novos Letramentos ,que analisa as transformações qualitativas geradas nas práticas de produção ,interpretação ,distribuição e troca de textos ,originadas pelas atuais condições tecnológicas e sociais .Também estuda as práticas de apropriação de conhecimento digitais ,realizadas com esses textos . Com as novas nuances apresentadas pelas leituras on-line ,as novas características apresentadas pela leitura on-line em LE são : multimodalidade , heterogeneidade textual e intertextualidade , organização hipertextual , o controle da qualidade da informação e a multi-área .Com o objetivo de explorar em que grau e como um conjunto de alunos de inglês como LE adota um papel crítico, quando estão diante de um texto digital produzido pela comunidade que fala a sua língua, os autores usaram uma metodologia qualitativa combinada a técnicas de etnografia ( entrevistas recolhidas através da captura de telas), análises dos conteúdos e a análise do discurso,para obter essas respostas . Sendo assim ,treze estudantes (do primeiro curso de graduação em Tradução e Interpretação da Universitat Pompeu Fabra,com o espanhol / catalão como língua materna e com um maior nível de Inglês B1) realizaram individualmente um exercício de compreensão leitora e uma tradução de uma notícia publicada no jornal O Guardião .Após corrigirem essa primeira atividade ,os pesquisadores realizaram entrevistas e gravaram o áudio dessas ,transcreveram e submeteram as técnicas de análise do discurso .  

Para a discussão dos resultados,os pesquisadores separam os estudantes segundo o grau de compreensão crítica alcançado e seus comportamentos leitores :


  • Leitores mais críticos e conscientes ( E9 , E12 , E13 ) : Esse grupo consegue identificar a visão de mundo no texto ,são conscientes ,conseguem facilmente detectar os elementos discursivos que revelam o posicionamento ideológico do texto ,sabem combinar os recursos multimodais e da web com as informações de cunho sociocultural , consideram importante o conhecimento do contexto sociocultural em que se situa o texto em LE compreendê-lo , além de terem consciência da dificuldade de interpretar um texto em LE devido a falta de domínio cultural da LE ;


  • Leitores pouco críticos ( E1,E4,E6,E10) : Esse grupo consegue tem uma visão geral e imprecisa das informações do textos , esses não são capazes de enunciar quais são os elementos denunciam os aspectos ideológicos contidos no texto , as estratégias de gestão de informações na internet são irregulares  , usam frequentemente recursos on-line como o Wikipédia e o Google Imagens )  ;


  • Leitores literais ( E2 , E8 ,E 11) : Esse grupo só consegue ter uma visão global do texto com a ajuda dos pesquisadores e de outros estudantes ,não conseguem identificar as marcas de ideologia presentes no texto ,usam múltiplas estratégias de gestão de informações para resolverem os problemas que têm devido a limitação linguísticas e de interpretação ,entendem a leitura em LE como uma tradução literal do texto ,não consideram a relação entre texto e contexto sociocultural ;


  • Leitores com dificuldades ( E3 ,E5 ,E7) : Esse grupo não consegue identificar a ideologia do texto e não sabem quais estratégias poderiam empregar para reconhecê-la ,mostram carência na compreensão literal , possuem um repertório limitado de estratégias de gestão de informações na internet ,usam muito pouco as recursos on-line , entendem a leitura como um processo mecânico e o contexto e visto de modo periférico ,acreditam que a atividade proposta pelos pesquisadores não apresenta dificuldades de compreensão nem por ser em LE ,nem por ser de outra cultura e nem por ser um texto digital .

Os autores concluem que esse estudo fornece dados importantes para o ensino e aprendizagem ,destacando a necessidade de repensar e adaptar as pedagogias dominantes e as habilidades de escrita em vários aspectos. Propondo ,assim, que os programas de línguas sensibilizem os estudantes a todos os tipos de discursos , inclusive aqueles contidos na internet, que também são socioculturalmente localizado e representam uma visão de mundo determinado. Tal exercício incita o aluno a pensar e questionar determinadas posturas adotadas nos textos, como a posição assumida pelo autor, o papel do texto no seu contexto,vozes e valores de conteúdo, seleção de aplicações de  idioma incluído em um texto e os possíveis significados que os indivíduos transmitem através de outros recursos semióticos do texto digital (fotografia, design, som, tipografia, etc.).Os pesquisadores dizem que essas diferenças encontradas entre um leitor crítico, um leitor literal e um leitor com dificuldades  não residem apenas nas habilidades linguísticas ou na competência ,mas também no modo como esses leitores concebem a prática leitora , o seu caráter ideológico ,sociocultural e a consciência das limitações de um leitor estrangeiro .
***Sobre essa questão da interpretação e da compreensão leitora dos alunos em LE ,gostaria de saber como vocês lidam com essas questões em sala de aula ? E também, como vocês veem esse pensamento reducionista ,que alguns alunos têm, de que ler e compreender um texto em LE é literalmente executar um tradução ,sem qualquer preocupação com o contexto sociocultural que o texto insere-se ?

Ingrid Santos

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Mensagem por Fabio Nunes Dom Mar 26, 2017 10:15 am

Ingrid Santos escreveu:
Prezados colegas, sobre essa questão da interpretação e da compreensão leitora dos alunos em LE ,gostaria de saber como vocês lidam com essas questões em sala de aula ? E também, como vocês veem esse pensamento reducionista ,que alguns alunos têm, de que ler e compreender um texto em LE é literalmente executar um tradução ,sem qualquer preocupação com o contexto sociocultural que o texto insere-se ?

Este conceito de tradução é proveniente do senso comum, pois a maioria das pessoas acha que a tradução é um processo mecânico e que um mesmo texto de partida, se traduzido por diferentes profissionais, resultará sempre em um texto de chegada igual, já que existiria uma relação direta entre o vocabulário de todas as línguas. É claro que isto não poderia estar mais longe da verdade, pois, além da existência de palavras e expressões únicas em cada língua(gem), ainda existe, conforme apontado na pergunta, a questão cultural, contextual.

Imagino que um ensino de LE que contasse com uma abordagem mais próxima aos estudos semióticos, como os de Peirce e Greimas, por exemplo, se beneficiaria bastante. Por estas perspectivas, os alunos entenderiam que as línguas não são apenas um conjunto de palavras (vocabulário) que devem obedecer a um conjunto de regras (gramática), mas que, além disso, existem outras dimensões, como a semântica e a pragmática, que possuem influência direta não apenas na língua em si, mas no modo como percebemos o mundo a nossa volta e interagimos com ele.
Fabio Nunes
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Mensagem por talysonmds Dom Mar 26, 2017 10:59 pm

Fabio Nunes escreveu:

Imagino que um ensino de LE que contasse com uma abordagem mais próxima aos estudos semióticos, como os de Peirce e Greimas, por exemplo, se beneficiaria bastante. Por estas perspectivas, os alunos entenderiam que as línguas não são apenas um conjunto de palavras (vocabulário) que devem obedecer a um conjunto de regras (gramática), mas que, além disso, existem outras dimensões, como a semântica e a pragmática, que possuem influência direta não apenas na língua em si, mas no modo como percebemos o mundo a nossa volta e interagimos com ele.

Gostei muito das ponderações de Fábio. Realmente, se em contextos de ensino-aprendizagem no ensino de línguas estrangeiras não for explorado questões que extrapolem os aspectos morfossintáticos da língua, formar-se-á indivíduos que, em uma situação real que se necessite compreender um texto em L2, irá recorrer aos recursos de tradutores disponíveis pela rede, e este não conseguirá compreender a tradução final, justamente por, em sua formação escolar, ter se limitado a essa concepção de língua como conjunto de regras e de palavras. Os tradutores podem até nos auxiliar, mas precisaremos de nosso conhecimento de mundo para compreendermos o texto de forma eficaz considerando seu contexto sociocultural.

talysonmds

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Mensagem por JTERCIO Ter Mar 28, 2017 7:49 am

Bom dia, Tályson,

Essa visão da interpretação literal não é um privilégio de alunos de LE; em língua materna, ocorre semelhantemente, os alunos querem saber o que está no texto, o que o texto quis dizer, assim, essa perspectiva sociocultural se transfere para o estudo de outras línguas. Quando o aluno de LE consegue chegar ao mais próximo do literal, para ele, já é uma grande vitória, "consegui traduzir o texto", "o texto diz isso". É um passo importante sim, no entanto, esse aluno deve ser estimulado a descobrir o que está subjacente ao texto, para que, em um dia, venha se tornar um leitor crítico.

Abraço,

Jorge Tércio

JTERCIO

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